Reconhecemos
no filme como tipo documental o cartão de visitas que Bárbara Bofferd mostra à Ray. Geralmente a função
de um cartão de visitas é manter contato, tanto que deve possuir basicamente
nome do individuo, da empresa, cargo, endereço, telefone, e-mail e logotipo da entidade.
No caso o mesmo foi utilizado para identificação, para comprovar que a
senhorita era quem dizia ser, o que não coincide com a sua função primordial,
já que um documento de identificação usualmente é constituído por foto.
Analisando sua
autenticidade legalmente podemos concluir que não há uma autoridade que garanta
a sua criação, não existe uma personalidade que o valide, ou seja, somente o
logotipo da instituição não basta, uma vez que pode ser manipulado com destreza
e facilidade, da mesma forma que um carimbo também pode ser forjado. Logo é
juridicamente inautêntico.
Diplomaticamente
trata-se de um documento autêntico por ter sido produzido de acordo com as
práticas do tempo e do lugar indicados, assim reflete perfeitamente a espécie,
ou seja, a natureza e a disposição dos elementos demonstram claramente que se
trata da estrutura e da forma de um cartão de visitas.
Já quanto à
autenticidade histórica dizemos que não se pode ter certeza se a informação passada
em um cartão de visitas é verdadeira, já que a pessoa que faz uso do mesmo pode
não ser quem alega, daí a importância de uma foto, por exemplo, para confirmar
seu conteúdo. No enredo entendemos que o documento em questão é autêntico historicamente
por passar uma informação verídica, que corresponde à realidade, pois a mulher
que apresenta o cartão é mesmo quem diz ser, Bárbara.
O documento escolhido, cartão de visitas, pode ser considerado autêntico e verídico, apesar de não ter valor jurídico e ser de fácil alteração, já que por não ter foto e sem ser acompanhado de algum “documento de identidade” propriamente dito qualquer um pode utilizá-lo.
Segundo Duranti (1996, p. 119), “la forma de un documento revela y perpetua la función a la que sirve”, assim a diplomática define “la forma como el complejo de reglas de representación usado para transmitir un mensaje”. Diplomaticamente conseguimos identificar o documento como um cartão de visitas, mas fazendo uma análise tipológica percebemos que ele assume outra função.
O documento escolhido, cartão de visitas, pode ser considerado autêntico e verídico, apesar de não ter valor jurídico e ser de fácil alteração, já que por não ter foto e sem ser acompanhado de algum “documento de identidade” propriamente dito qualquer um pode utilizá-lo.
Segundo Duranti (1996, p. 119), “la forma de un documento revela y perpetua la función a la que sirve”, assim a diplomática define “la forma como el complejo de reglas de representación usado para transmitir un mensaje”. Diplomaticamente conseguimos identificar o documento como um cartão de visitas, mas fazendo uma análise tipológica percebemos que ele assume outra função.
Até a próxima aventura!
Referências:
DURANTI, Luciana. Diplomática: usos nuevos para una antigua ciência. Trad. Manuel Vázquez. Carmona (Sevilla): S&C, 1996. (Biblioteca Archivística, 5).
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